Este burro foi vendido por três sacos de arroz. O dono não gostava dele, pois, “ele falava”.
Juquinha passou a ser o dono do burro, só que Juca era totalmente ao contrário de Flávio – o ex-dono de Nestor.
Juca adorava os animais. Nestor era um burro nada burro, pois, ensinou muitas coisas para Juca, mas sem dizer uma palavra.
Um dia, Juca teve que ir para um prédio, e não podia levar o seu burrinho tão querido, que falou:
- Meu caro Juca, você é um menino de sorte!
Juca olhou para trás, viu o burrinho, e ficou espantado!
O burro falou:
- Não precisa temer, ó meu jovem.
Juca foi se aproximando do burro, e falou:
- Será um sonho?
E o burro respondeu:
- Não, não é não! E se você tiver fé, vai ver como vai funcionar, você vai ficar no sítio e não vai precisar se mudar para o prédio.
Juca falou que não era possível, pois, o pai dele não podia pagar as dívidas e já tinha um emprego garantido na cidade como vendedor de doces.
O burro tinha fé, mas não comentou nada com Juca.
Juca falou:
- Meu burrinho Nestor, foi você quem pegou esse dinheiro todo para eu ficar aqui?
E o burrinho respondeu:
- Não Juca! Foram seus amigos! Por você ser tão querido, eles fizeram isso ontem a noite, eu vi!
- Que bom! Vou correndo contar para os meus pais!
Juca contou para os seus pais e foi agradecer ao burrinho que disse para ele ter fé, muita fé!
Só que quando ele foi agradecer, Nestor não falou mais, e Juca disse:
- Acho que ele está com a consciência tranquila, não vou atrapalhá-lo.
Bom, ainda bem que tudo acabou bem.
Agora, se você tiver um bichinho e for se mudar, sempre o ouça, pois ele pode fazer você se sentir melhor.
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