domingo, 12 de fevereiro de 2012

De 1998, mesmo.

Esse blog é mais uma parte de minha memória do que qualquer outra coisa, acho que não tem definição melhor do que essa.

Embora não seja de meu interesse que as pessoas entendam, esse espaço significa pra mim uma lembrança boa que quero eternizar não apenas em meu coração e em papeis amarelados.

Quando eu tinha entre 3, 4 anos de idade já manifestava sinais de amor pela escrita e leitura, fosse em quaisquer lugares que eu visse ali uma 'oportunidade', desde um papel de pão, até livros e principalmente os gibis.

Eu aprendi a ler com essa idade e com gibis, com a ajuda da minha irmã - que é 5 anos mais velha do que eu.

Eu me apaixonei tanto por aquela sensação que desde então as letras, as palavras, as frases, as orações, as dissertações, as narrativas, as inúmeras maneiras para descrever o 'ato' da redação, da escrita, entraram em minha vida e nunca mais saíram.

Entrei na escola em fevereiro de 1996 com 6 anos de idade, não fiz "pré", mas era tão dedicada quanto qualquer aluno que passara por todas as etapas.

Não era perfeita, claro, mas eu realmente amava a ideia de aprender.

Aos 8 anos de idade decidi que queria ser "escritora" quando crescesse, e a partir daí comecei a escrever sem parar, não podia ver uma sulfite dando sopa que já tratava de preencher aquele 'vazio em branco'.

Escrevia com naturalidade, por prazer e mais do que isso, porque minha imaginação infantil e pura borbulhava, e eu não sabia de que outra maneira eu poderia passar aquela sensação às pessoas senão escrevendo.

Era um ritual: usava sempre uma folha de sulfite para fazer uma capa bem caprichada, onde assim que eu escolhia o título pegava livros velhos e recortava imagens para ilustrar; depois, era outra folha de sulfite, e daí eu fazia as linhas, e depois escrevia a história que me viesse à cabeça naquele momento. Era tudo tão espontâneo.

 E com aquela letrinha tortinha, com alguns erros de português, claro, uma historinha surgia.
Singela, tinha sim repetições de palavras e faltava vírgulas em algumas frases, mas era tão 'correta', tão cuidadosa e tão íntima.

Inventava nomes para meus personagens e descobri que "Marina" era meu nome preferido na infância, em pelo menos 3 historinhas eu usei esse nome.

Um dia desses  decidi que queria encontrar esses benditos textos que eu escrevera quando criança.
Então eu e minha mãe reviramos a casa e encontramos alguns (muitos foram pro lixo porque o papel mofou :/), mas mesmo assim fiquei numa felicidade tremenda, parecia que tinha encontrado um pote de ouro no final do arco-íris.

Comecei a ler desesperadamente, e ria, e chorava, e me lembrei da minha infância, me lembrei com um certo pesar e saudade. Lembrei-me da minha doce inocência, lembrei-me que TUDO o que eu precisava para me divertir era TÃO pouco, que hoje me pergunto se realmente o que pensamos que nos traz felicidade é de fato tão importante.

E, lendo, cada vez mais, eu me emocionei comigo mesma.

Eu era uma criança. Uma criança que sonhava em ser escritora, só isso, e nada mais.

E eu quase virei uma  mesmo!

Uma professora minha da época leu meus textos e queria levar em uma editora, mas até hoje não sei direito por que cargas d'água não deu certo. Se não engano foi porque a editora exigiria trabalhos, e por eu ser muito jovem minha mãe preferiu não 'aceitar' essa condição.

Não virei escritora, mas tudo bem, eu tinha uma sensibilidade especial, não posso negar. Gostaria de ser hoje o 'eu' da minha infância. Pura, inocente, inteligente, criativa!

A Alessandra de 1998  escreveu historinhas 'bobinhas', mas que sinto a necessidade de postar, para que eu possa ler mesmo quando as folhas não existirem mais.


Obs.: apenas digitei o conteúdo que eu mesma escrevi quando era criança. As únicas coisas que alterei - eu diria na verdade, 'aperfeiçoei' - foram: uso de vírgulas e alguns errinhos bobinhos de português. Não mudei em nada a essência das histórias, estão exatamente da maneira que redigi há anos atrás.

Será que Papai Noel Existe?


Um dia, Pedrinho estava pensando, pensando, e se perguntou:

- Será que Papai Noel existe?

Perguntou para sua mãe, mas ela não lhe deu a menor bola.

Perguntou ao seu pai, mas ele fez uma expressão de que estava de mau humor.

Perguntou para a avó, mas a coitada nem escutava mais!

Perguntou ao tio, à tia, mas ninguém lhe deu a mínima bola!

Até que um dia. se lembrou de uma senhora que sabia várias histórias, lendas, etc. Mas o garoto se lembrou também, que ela mora na mata, e que é muito perigoso ir até lá, pois, têm cobras, leões e tudo mais.

Mas mesmo assim, ele foi!

Trêmulo de medo, ele ia passando por árvores, cheia de cobras penduradas, das mais venenosas que existem, por trás das pedras ficavam os leões, etc.

Até que chegou na casa da velhinha, e lá ela disse que não sabia se Papai Noel é mesmo um velhinho barbudo que entrega presentes, mas disse que sabia que na cabecinha de cada criança sempre existirá um lugar especial para o Papai Noel, e quanto saber se ele existe ou não, só Deus sabe!

Mas cá para nós...você acredita em Papai Noel?

Zé Rabugento

Zé era um homem muito trabalhador.

Um dia, ele ganhou na loteria e ficou muito rico, mas a partir daquele dia, ele virou o maior "Zé Rabugento".

Ele pensou que ficar rico significava que não precisava mais trabalhar. Mas ele se enganou!

Seu amigo Juca é muito rico, e trabalha na roça todo dia. O Zé Rabugento sempre fala assim para o Juca:

- Juca meu amigo, pare de trabalhar! Olha como o dia está bonito, e além do mais, ricos não precisam trabalhar!

E Juca respondia:

- É aí que você se engana, meu caro amigo Zé. Nós precisamos trabalhar sim! De onde vem o pão de você come, a água, o leite que você bebe? Não é do dinheiro? E se um dia essa sua riqueza acabar, você vai ter que trabalhar muito, não acha? Bom, eu estou atrasado pro trabalho, já vou indo.

Mas Zé, não dá a menor bola para Juca.

Um dia, Juca viu Zé fazendo compras de: uma casa nova, supermercado, carro, (...), e retornou a falar:

- Zé, Zé, e se um dia essa sua riqueza acabar, você vai ter que trabalhar muito!

Mas Zé nem ligava.

Até que um dia, Zé foi olhar em sua carteira se tinha dinheiro suficiente para comprar uma vara de pescar nova, e adivinhem o que aconteceu? Tchan, tchan, tchan, tchan: é isso mesmo, ele se deu mal!

O Zé só tinha R$ 4,00. E o Zé que nunca escutava Juca, e que caçoava dele porque estava trabalhando, agora ele que estava mal.

Agora ele não está achando emprego nenhum! Juca viu que o Zé estava arrependido e sofrendo, e resolveu colocar ele num emprego de garçom, mas não em um restaurante, e sim em sua casa!

Bom, o Zé aprendeu uma lição: de nunca mais caçoar de quem trabalha! Primeiro, ele deve olhar para ele, pra depois caçoar dos outros.

Mas quanto ao título da historinha, acho que vou ter que mudar para:

"Zé, o Rabugento que virou um trabalhador."

A Princesa Pitotinha


Era uma vez, num reino muito distante, uma pequena patinha nasceu.

Era uma festa linda para a chegada da pequena Pitotinha.

Pitotinha, era a pata das patas! Vieram muitas pessoas visitá-la, inclusive duas fadas que disseram, que quando Pitotinha crescesse, todas as patinhas iriam rir de sua cara, mas que era para ela não ligar, porque, isso seria por causa de uma bruxa muito má, que iria enfeitiça-la para dormir 100 anos e só seria acordada com um simples beijo de um pato apaixonado, que seria o príncipe.

Pitotinha olhou a cara das fadas e deu uma risadinha, as fadas acharam tão lindo que deixaram um presente, uma caixa de lápis de cor.

Pitotinha já tinha 8 anos, uma linda patinha, usou os lápis sem lembrar e saber quem tinha lhe dado.

Pitota - como todos a chamavam - era amarela, e quando ia usar a cor amarela, algo lhe dizia para não ficar perto de Lupiata - sua melhor amiga -,  mas Pitotinha nem ligou e caiu na besteira de contar isso à Lupiata, que ficou mais afiada ainda, pois, sua mãe é uma bruxa!

Sem saber o que fazer, Pitotinha logo procurou Patatá, sua professora.

Patatá era uma pata muito boa. Conversou e falou que aquela voz que vinha quando ela usava a cor amarela, era a voz da consciência, e que era para ela ouvir e confiar.

Já mais consciente do que aconteceu, foi embora mais esperançosa.

No dia seguinte, todas as meninas riam de seu lindo e meigo rosto, Pitota ficou super chateada e nem sua professora dava-lhe atenção.

Pitota dormiu na sala de aula e nada lhe acordava!

Dormiu por 10 anos na sala, mas um dia entrou um pato que não resistiu e deu-lhe um beijo profundo.

Pitotinha acordou, e eles namoraram, se casaram, e tiveram tri gêmeos patinhos!

As fadas também foram visitá-los, iiiiih, será que vai começar tudo de novo?

O que é Natal?


Era uma vez, um garoto chamado Pedrinho.

Pedrinho era muito perguntador, e um dia estava em seu quarto quase dormindo, quando ouviu um barulho e foi olhar da janela.

Viu que eram seus vizinhos chegando de viagem, Seu Tonho, Dona Joana e seus dois filhos Manoel e Manoela, que voltaram para casa porque iam passar o Natal com a família.

Foi aí que Pedrinho se perguntou:

- O que é Natal?

Naquele mesmo instante, apareceu um anjinho que lhe explicou que o Natal era o nascimento de Jesus Cristo, mais conhecido pelas crianças como Papai do Céu.

Pedrinho, quando viu o anjinho, ficou espantado! Mas depois viu que ele era bonzinho.

O anjinho também disse que morava lá com o Papai do Céu, disse que lá é super bonito e que quando as pessoas boazinhas morrem, vão tudo morar lá com o Papai do Céu.

Pedrinho perguntou como foi o nascimento de Jesus, quem era o pai dele, a mãe, quem visitou ele onde ele nasceu.

O anjo respondeu todas as perguntas.

- O pai dele é José, e a mãe é a Maria, que já morreram faz um tempão, e quem visitou o menino Jesus, foram os Três Reis Magos, que levaram presentes, e ele nasceu em uma manjedoura.

Pedrinho perguntou se o anjinho já tinha ido na casa dele outras vezes, e o anjinho disse que todo dia estava com ele, guardando e livrando-o de todo mal!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A Nova Irmãzinha

Roberto é filho único, e um dia a mãe dele sentiu uma dor na barriga, e ele falou:

- Mãe, não é nada.

Mas a dor foi aumentando a cada dia.

Roberto é muito mimado.

A mãe dele foi ao médico para saber se estava grávida, e tchan, tchan, tchan, tchan: a mãe dele estava grávida de uma menininha, ela soube que era uma menina porque ela estava muito gorda e já estava desconfiando de que estava grávida.

Rosane - a mãe de Roberto - adorou a ideia, mas Roberto não ficou muito contente, pois, ele era o menorzinho da família.

A mãe dele falou, que a menina ia se chamar "Roberta", só que Roberto não entendeu nada, pois, ele só tem 4 anos de idade.

Flávia, é a tia de Roberto, e só tem 13 anos de idade. Ela é a irmã mais nova de Rosane.

Na família de Roberto, por parte de pai, só tem nomes de pessoas com a letra "R", como seus tios: Ricardo, Ramon, Roger e Ronaldo. E suas tias: Raabi, Renata e Raquel.

O mais brincalhão da família, é o tio Roger. Ele fica fazendo várias palhaçadas para Roberto e para as outras pessoas da família.

Renato, é o pai de Roberto, ele até chorou quando soube que ia ter uma filha, pois, o seu maior sonho era ter uma menina.

Até que no dia quatorze de março, "Robertinha" nasceu!

Hoje, ela está com 4 aninhos, a idade de Roberto quando ela nasceu.

Hoje, Roberto tem 8 anos e está na segunda série.

Roberto até fez um versinho: "Sempre goste da sua irmã (ão), pois, um dia você pode precisar dela (e) para muitas coisas."

Roberto está muito feliz em ter uma irmã, e Roberta também está feliz em ter um irmão carinhoso e legal.

Ah! Roberto prometeu à sua mãe, que quando ela estiver na segunda série, ele que vai levar e trazê-la da escola.

Ele falou, que só não vai levar e trazê-la quando ela estiver na 1ª série, porque ele ainda não vai saber cuidar dela direito, ele prefere acompanhar a mãe dele, assim ele vai observando como se busca uma criança na escola.

O Tênis dos Desejos


Era uma vez, uma menina chamada Laura.

Laura, tem apenas 5 anos de idade, mas já sabe ler e escrever.

Um dia, a mãe dela levou um tênis muito bonito.

Era um "Tênis dos Desejos".

Laura abriu a caixa de sapatos e leu assim no papel:

"Tome cuidado com o que você pensa com este tênis, pois, ele é um tênis dos desejos. Peça qualquer coisa, que se realizará."

Laura pediu para ter 1000 anos de idade, e ter um rosto de uma mulher de 20.

O desejo se realizou, mas ela não quis mais e pediu para voltar ao normal, mas em uma casa bonita e bem grande, com a sua mãe.

No dia seguinte, Laura foi à escola toda contente.

Ela pediu para ser a menina mais inteligente da escola, sabia tudo, até contas de dividir, que pediu para a professora deixá-la fazer na lousa.

Todos ficaram impressionados.

A mãe de Laura foi buscá-la e a professora falou:

- Como a Sra. ensinou a Laura tão rápido?

 A mãe disse:

- Eu? Ensinar o quê?

A professora disse:

- Ué, não foi a Senhora que ensinou a Laura a fazer contas de dividir?

E a mãe de Laura respondeu:

- Eu? Mas eu não ensinei nada!

A professora retrucou:

- Não? Mas como?

Depois que Laura explicou tudo no ouvido de sua mãe Flávia, ela falou para a professora de Laura que o pai dela tinha ensinado as contas, e tudo acabou bem, principalmente para Laura e seus "Tênis Mágicos".

As Fadas Mágicas


Era uma vez, 5 fadinhas que moravam no país mágico.

Estas fadas se chamavam: Lucéia, Lurdes, Lucimara, Lucita e Luana.

Estas fadinhas iam fazer um teste para ver quem iria ser a Miss Fada.

Todas estavam comentando:

- Olha, a Lucéia vai participar do teste!
- É, você viu? A Lucita também!
- Vi sim!

Todos e todas estavam falando do teste.

Essas 5 fadinhas eram irmãs e uma se achava melhor que a outra, mas no fundo todas se ajudavam.

Luana era a mais novinha das fadas, com 15 anos, e se achava feia, burra e muito inexperiente.

Lucimara, a mais velha, com 25 anos, tentou consolá-la, mas nada tirava a coitadinha da profunda tristeza.

Só Luana que não se achava melhor que as outras, ela dizia que todas eram lindas, tinham cabelos cacheados em formato de caracóis, eram loiras, tinham olhos azuis, etc.

Este teste da Miss, era para ver quem seria a Fada Mãe, e quem iria se casar com o príncipe.

Todas estavam bem arrumadas, com penteados lindos e diferentes, mas Luana não se animou.

Ela ficou feliz em ver as irmãs se divertindo feito 4 crianças, fazendo o teste.

Lucimara viu que Luana não estava participando do teste.

Luana viu que Lucimara estava chamando-a.

Ela foi, e Lucimara fez ela tomar um banho, colocar um vestido ‘enfadal’ – o melhor vestido de
todas as fadas – ir ao cabeleireiro e comprar o sapato.

Você está achando que não deu tempo, né?

Pois tinham 300.000 fadas!

Você está achando que nunca ia chegar a vez dela, né?

Por que elas são fadas?

Elas fizeram uma mágica e adivinha quem se casou com o príncipe e teve a Cachinhos
Dourados?

Isso mesmo, a Luana!

Júlia e Seus Amigos


Júlia é uma menina muito simpática e educada.

Júlia tem uma turma, ou seja, ela têm muitos amigos.

Como toda criança, tem uma amiga preferida e um amigo preferido, são eles: Rafael e Helen.

Júlia e sua turma, adoram ajudar e aprontar, mas não pense que eles não vão à escola, porque eles vão sim, e são ótimos alunos! E o melhor de tudo, é que estão na mesma classe.

Só Camila, que saiu da escola, porque sua mãe colocou-a em uma escola particular.

Júlia e companhia ficaram tristes, pois, era a Camila que fazia todos os planos, mas eles ficaram felizes também, pois, ela foi para uma escola melhor.

Estava esquecendo! Sabe por que a Júlia gosta do Rafael? Não sabe?

Então eu vou contar! É que o Rafael é o namoradinho dela.

A Raquel, é a mais metida da sala, só porque ela tem os olhos verdes, mas não importa, porque ela não faz parte da turma.

Para cada um ser identificado, cada um tem um apelido:

Mariana cara de Banana.

Rafaela cara de Panela.

Júlia cara de Múmia.

Rafael cara de Coquetel.

João cara de Macarrão.

Patrícia cara de Polícia.

Bom, você viu alguns apelidos e já deve ter ideia dos outros nomes.

Eles fizeram um verso para todos os amigos do mundo:

“Amigos são amigos, eu não venderia a nossa amizade por nada, nem por um milhão de dólares.”

Hoje é dia de ir à casa de Júlia, e o que os amigos de Juju mais gostam quando vão à casa dele, é o bolo de chocolate que a mãe dela faz, que é uma delícia de bom.

Múmia é o apelido para ser identificado, ou seja, é só uma rima, mas o apelido dela de verdade é Papagaia, pois, ela fala muito, e quando o pessoal fica com preguiça de falar “Júlia”, eles falam Jú ou Juju.

Nas próximas férias, como serão os novos amigos de Jú, Juju ou Júlia?

Beto e Sua Bola


Beto fez aniversário dia dois de janeiro, e ganhou uma bola muito bonita.

Um dia, ele foi brincar com a sua linda bola, mas perdeu-a e ficou muito triste, pois, era o seu único brinquedo.

Sua mãe ficou com muita pena de Beto, e perguntou para sua colega Clara:

- Clara, será que você pode me emprestar cinco reais para comprar outra bola para Beto?

- Sinto muito Dona Vânia, mas não posso lhe emprestar, estou juntando para fazer a festa de aniversário do Pedrinho.

- Desculpe, Clara.

Pedrinho é o melhor amigo de Beto. É um menino educado, simpático e muito legal.

Claro que a mãe dele é totalmente ao contrário.

Mas não é só Beto que  ficou triste, Pedrinho também, pois, a bola era o único brinquedo que os dois tinham para brincar juntos.

Mas tem uma coisa que os meninos não sabiam! Foi um amigo da escola quem escondeu a bola!

Ele viu Beto brincando com a sua bola, e resolveu fazer uma brincadeirinha.

Mas ele não sabia que ia ser tão grave. Ele ia no outro dia, entregar a bola de Beto na escola, e ia contar tudinho.

Mas ele teve que entregar no mesmo dia, porque a mãe de Beto ligou para todos os amiguinhos e amiguinhas dele, para perguntar se viram uma bola linda, toda colorida, e ele, para não passar por mentiroso no dia seguinte, confessou tudinho, e quando chegou em casa explicou para sua mãe, que lhe deu boas palmadas no bumbum.

Bom, todos se saíram bem nessa história! Pensando bem, quase todos, Carlos ficou uma semana sem ir à escola com dor no bumbum!


O Canto do Pássaro

Era uma vez uma aldeia, onde moravam muitos índios.

Dois deles se chamavam Sufafo e Sinara.

Os dois eram irmãos e se preocupavam muito como seria no futuro, as coisas da mata.

Um dia, apareceu um homem branco lá na mata, e desde aí eles começaram a fazer planos para o homem não destruir nada.

Nisso, o homem prendeu um lindo pássaro amarelo, com um canto maravilhoso.

Os índios foram até a casa do homem branco, sem fazer barulho, mas Sinara como era muito afetiva, começou a chorar e o homem que caçava, procurou de onde vinha aquele choro, para ver se não era de algum animal.

Sufafo não conseguiu parar o choro da irmã.

O pássaro olhou para os dois e começou a cantar com aquela voz maravilhosamente bela, mas a alegria do coitadinho não durou muito, pois, o homem branco naquele exato momento havia chegado e deu uma bronca nos indiozinhos:

- O que querem aqui?

- Só queríamos salvar esta linda ave. – disse Sinara.

- Mas será que você não sabe que a propriedade é minha?

- Claro, claro! – disse Sufafo assustado.

Sinara, mais uma vez retrucou:

- O senhor é um homem rabugento, imagine se fosse você preso nesta gaiola, isolado do mundo, como isso ficaria, hein?

O homem, sem resposta, começou a rir e espantou os índios de lá.

No caminho os índios foram falando:

- Pobre homem branco, se ele soubesse que aquele canto, no fundo é um lamento...

Um Burro Nada Burro


Era uma vez, um burro chamado Nestor.

Este burro foi vendido por três sacos de arroz. O dono não gostava dele, pois, “ele falava”.

Juquinha passou a ser o dono do burro, só que Juca era totalmente ao contrário de Flávio – o ex-dono de Nestor.

Juca adorava os animais. Nestor era um burro nada burro, pois, ensinou muitas coisas para Juca, mas sem dizer uma palavra.

Um dia, Juca teve que ir para um prédio, e não podia levar o seu burrinho tão querido, que falou:

- Meu caro Juca, você é um menino de sorte!

Juca olhou para trás, viu o burrinho, e ficou espantado!

O burro falou:

- Não precisa temer, ó meu jovem.

Juca foi se aproximando do burro, e falou:

- Será um sonho?

E o burro respondeu:

- Não, não é não! E se você tiver fé, vai ver como vai funcionar, você vai ficar no sítio e não vai precisar se mudar para o prédio.

Juca falou que não era possível, pois, o pai dele não podia pagar as dívidas e já tinha um emprego garantido na cidade como vendedor de doces.

O burro tinha fé, mas não comentou nada com Juca.

No dia seguinte, Juca acordou e tinha muito dinheiro em sua casa!
Juca falou:

- Meu burrinho Nestor, foi você quem pegou esse dinheiro todo para eu ficar aqui?

E o burrinho respondeu:

- Não Juca! Foram seus amigos! Por você ser tão querido, eles fizeram isso ontem a noite, eu vi!

- Que bom! Vou correndo contar para os meus pais!

Juca contou para os seus pais e foi agradecer ao burrinho que disse para ele ter fé, muita fé!

Só que quando ele foi agradecer, Nestor não falou mais, e Juca disse:

- Acho que ele está com a consciência tranquila, não vou atrapalhá-lo.

Bom, ainda bem que tudo acabou bem.

Agora, se você tiver um bichinho e for se mudar, sempre o ouça, pois ele pode fazer você se sentir melhor.

A Bruxa Boa de Bola e de Cola


Era uma vez, uma bruxa jogadora de futebol.

O nome dela era Brubocó.

Brucocó queria sempre vencer, e sempre vencia.

Brubocó levantava às 4h00 da manhã para treinar, e às 07h00 já tinha jogo marcado com outras bruxas.

Ela já tinha mais de 15 medalhas de prata e mais de 20 de ouro. Brubocó é uma bruxa, mas se perder uma partida, aceita, e ainda dá os parabéns à outra equipe.

Um dia, Brubocó foi à uma partida de futebol, mas foi só para assistir. Lá, estava sua pior inimiga: Jabrucaba, uma bruxa muito má que não aceita perder.

Mas Brubocó tem sempre suas armas!

Naquele dia, ela colocou cola bem na cadeira de Jabrucaba.

Claro que só a cola não cola Jabrucaba, mas com uma pequena gota de uma poção mágica, colou!

Jabrucaba ficou 10 dias ali! Brubocó a soltou, mas dessa vez ela aprendeu a lição, né?



A Árvore de Natal Falante


Era uma vez, dois irmãos chamados Joãozinho e Marina.

Eles foram comprar uma árvore de Natal numa loja que só vendia coisas de Natal.

Quando eles chegaram, viram uma árvore grande e bonita, mas muito cara!

Joãozinho e Marina combinaram assim:

- Joãozinho, você fala com o papai e eu falo com a mamãe. Quem sabe eles compram a árvore.

E lá foram os dois. Primeiro, Joãozinho falou:

- Por favor, papai, compra!

- Não Joãozinho, é muito cara!

Marina falou:

- Mamãe, compra aquela árvore, ou então aluga, vai mamãe, por favor!

- Não Marina, e aliás, aqui eles não alugam árvores de Natal, e mesmo que alugassem eu não ia alugar.

Marina foi correndo procurar Joãozinho e ele foi correndo procurá-la também.

Quando os dois se encontraram, pararam perto da árvore e disseram:

- E aí? Vai comprar?

- Não!

Quando eles acabaram de dizer “Não”, a árvore disse:

- Oh, que pena, eu queria tanto passar o Natal com pessoas pra todo lado!

Marina e Joãozinho ficaram admirados, e Marina falou:

- Joãozinho, você ouviu e viu a mesma coisa que eu?

- Acho que sim, Marina!

- João, você está pensando a mesma coisa que eu?

- Acho que sim, Marina!

E os dois falaram:

- Acho que vou desmaiar!

A árvore ficou espantada e disse:

- Oh! Me desculpem, não queria assustar vocês! Me desculpem, por favor!

Os dois acordaram e falaram:

- Acho que estava sonhando!

E a árvore falou:

- Não, não, vocês estão bem acordados!

Os dois chegaram mais perto e falaram:

- Nossa! Parecia sonho!

- Vamos chamar o papai e a mamãe.

A árvore disse:

- Não, vocês não podem fazer isso!

- Por que? – disseram os dois assustados.

- Porque isso é um segredo meu, que nem o dono desta loja sabe. – disse a árvore.

- Agora entendemos o seu problema.

O ruim, é que a funcionária mais fofoqueira, fez um anúncio!

É, mas até que foi bom! Porque o pai e a mãe de Joãozinho e Marina, compraram a árvore!

A Árvore Falante!

Medo do Dentista


Era uma vez, um menino chamado Carlos.

Carlos, tinha que ir ao dentista, mas só que ele morria de medo!

Flávio, um dentista bonzinho e legal, era o que ia cuidar dos dentes de Carlos.

Carlos chegou lá tremendo de medo.

Flávio viu aquilo e adiou a consulta para um outro dia.

Uma semana depois, Flávio, ligou para casa de Carlos e falou que estava no dia dele voltar.

Dona Clara –  a mãe de Carlos – não avisou nada a ele. Dentro do carro, no caminho, Carlos perguntou:

- Mamãe, onde estamos indo? No restaurante, na doceria, na sorveteria, ou na padaria, para comprar refrigerante? Hein, hein?

Clara não respondia, e Carlos ficava na dúvida cruel.

Quando chegou em frente ao dentista, Carlos entrou debaixo do banco do carro.

Clara, teve que levá-lo a força e aos gritos.

Quando entrou lá dentro, Dona Clara falou:

- Se comporte, Carlos, ele só vai olhar os seus dentinhos.

Carlos começou a berrar e a chorar.

Dona Clara ficou vermelha de vergonha.

Uma menina de mais ou menos cinco anos, falou para Clara:

- Dona, se seu filho tem medo de dentista, é melhor a senhora não trazê-lo mais aqui, vai passar muitas vergonhas com ele, me escute.

Chegou a vez de Carlos, que entrou emburrado e com as pernas bambas no consultório.

O dentista olhou, olhou, olhou e olhou a boca de Carlos e falou bem baixinho para Dona Clara que era preciso arrancar dois dentes e fazer uma obturação.

Dias depois, Carlos voltou para outra consulta, mas só que desta vez ele foi sem nenhum medo!

Entrou no consultório alegre e saltitante, e o dentista disse:

- O que aconteceu? Você está tão feliz! Não era você que tinha medo de dentista?

Carlos disse:

- Eu tinha medo sim, mas é para o meu próprio bem que eu venho ao dentista, e não preciso ter medo, porque eu vou arrumar os meus dentes!

Para os dentes não estragarem, passo algumas recomendações:

Escovar os dentes quando acordar e antes de dormir, depois das refeições, e se você usar aparelho nos dentes, escove eles também, só assim você vai ter dentes bonitos e saudáveis.

A Bela Jovem



Era uma vez, uma garota que chamava Rosa.

Rosa, era uma jovem muito bonita e por isso suas irmãs, Rose e Rosana, tinham muita inveja dela.

Todas os homens elogiavam muito a sua beleza. Um dia, Rosa ficou sozinha em sua casa, pois, suas irmãs e a sua madrasta tinham ido comprar uns trajes que tinham entrado na moda.

Mas Rosana, antes de sair, fez uma armadilha de muito mal gosto com a bela irmã.

Ela deixou uma tina muito grande com água, em cima da porta, para quando ela abrisse, a tina caísse em sua cabeça, e também fez outra armadilha para quando fosse ligar o ferro de passar na tomada, levasse um choque!

Rosa, apesar de ficar toda machucada e desprezada pela família, ainda tinha uma simples caneta que lhe trazia coragem.

Sempre que a caneta estava ao seu lado, ela se sentia bem, pois, sua avó quem lhe deu, antes de morrer.

Rose e Rosana, não sabiam por que, àquela caneta lhe dava tanta sorte e coragem. Elas deveriam saber que a caneta lhe trazia confiança, porque já tinha sido de alguém muito especial para Rosa.

As meninas, devido a grande inveja, de vez em quando eram tão legais com ela, que dava até pra desconfiar!

Rosa falava:

- Por que estão tão bondosas comigo hoje?

- Ora, apesar de tudo, somos irmãs de sangue, né? – disseram as duas, dando uma gargalhada falsa.

Como Rosa era muito atenta, logo mandou-as pra fora de seu quarto frio com sua cama de palha.

Lá, a coitada ficava, enquanto suas irmãs recebiam toda a mordomia do mundo.

Um dia, a madrasta recebeu um convite para jantar com o Rei, com a Rainha e com o Príncipe.

Rose e Rosana, ficaram horas e horas ensaiando como iam dançar para surpreender o príncipe.

Rosa ficou contente, mesmo sabendo que não podia participar.

Mas ela tinha esperança!

Quando todas se foram, ela se lembrou que sua avó lhe disse que se ela pingasse um pouco da carga da caneta, ela iria ficar vestida com trajes lindos.

Ela experimentou, e ficou maravilhosa! Ela foi ao jantar também.

Suas irmãs, quando a viram, ficaram impressionadas, e foram logo perguntando quem era a moça.

Rosa respondeu:

- Sou Rosa, a irmã que vocês caçoavam tanto.

Suas irmãs, de cabelos em pé, lhe pediram desculpas. E a partir daquela dia, Rosa, se tornou a princesa, pois, se casou com o príncipe, e as irmãs nunca mais a fizeram sofrer, ao contrário, todo dia iam ao castelo para saber se estava tudo bem.


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Marina: A Menina que não queria ir à escola

Era uma vez uma menina chamada Marina, que ia para a 1ª série, mas ela nunca tinha ido à escola porque morava em um orfanato que tinham mil crianças, com idades entre 6 meses à 18 anos, e a dona do orfanato não podia pagar escola para todas as crianças.

Dona Teresa – a dona do orfanato – andou conversando com um casal muito rico, e muito triste, porque eles não podiam ter filhos. Esse casal se chamava Marcos e Mariana.
Eles queriam adotar uma criança parecida com um dos dois, para que na escola não zombassem e falassem: 

- Você é filha adotiva...

Dona Teresa falou que tinha uma menina chamada Marina e que se eles marcassem um dia,  poderiam falar com a menina e conhecê-la pessoalmente.
Um dia, o casal foi ver Marina, as aulas ainda não tinham começado, mas faltavam poucos dias para começar.

Marina gostou do casal, arrumou sua malinha e foi com eles para conhecer toda a casa.

Ela tomou um banho e quando acabou, o casal queria lhe falar uma coisa muito importante.

Eles disseram que para ela ser alguém na vida, tinha que estudar!

Marina cruzou os braços, baixou a cabeça e começou a chorar.

O casal acarinhou a cabeça de Marina, e disse:

- O que aconteceu, Marina?

- Acontece, que eu nunca fui à escola, eu não sei ler nem escrever.

- Ora, Marina, por que você acha que as crianças vão à escola?

Marina baixou a cabeça e foi para o quarto.

Cinco dias depois, as aulas iam começar, ela vestiu o uniforme, tomou café, pegou o material, mas na hora de ir para a escola, ela ficou dura, completamente paralisada.

Mariana, falava para a menina se mexer, ou pelo menos falar alguma coisa.

Mariana teve que ser grossa com a menina, teve que empurrá-la até o carro.

Quando Marina chegou na fila, não quis subir, mas como Marina não é boba, falou que estava com dor nas pernas e a professora fez aula ao ar livre, no pátio da escola.

Marina ficou furiosa e fingiu que dormiu.

Na hora de ir embora, Mariana foi buscá-la, e a professora falou:

- Boa tarde, Dona Mariana! A sua filha foi péssima na aula de hoje, teve dor nas pernas e dormiu em todas as aulas, é melhor colocá-la para estudar à tarde. Nós fizemos cócegas, mexemos nela e ela não acordou.

Mariana ficou furiosa com Marina.

Sete meses depois, Marina percebeu que a escola era um lugar bom para um dia nós termos um futuro melhor e que ela ia batalhar para sempre ter uma escola.